OS PROBLEMAS, A GREVE, A ASSEMBLEIA

Colegas, o momento atual, por si só – se existem de fato pontos nodais na História –, já pode ser considerado histórico. O movimento que já atinge 51 universidades federais (em 05/06) é o maior já registrado em 30 anos. Já são quase 30 universidades que estão em greve estudantil em solidariedade aos docentes, e os servidores estão antecipando suas greves para fortalecer a luta. Esta greve busca a reestruturação da carreira dos professores e melhores condições de trabalho, já que a inconsequente política educacional de expansão universitária sem os devidos investimentos (foram cerca de 5 bilhões cortados do orçamento da educação nos últimos 2 anos) trouxe-nos a precarização e problemas de estrutura sem precedentes nas instituições. O resultado deste processo é visível pela amplitude da mobilização. Vislumbrando um momento como este, a greve dos professores e servidores nos encoraja pra seguir lutando por uma educação pública e de qualidade.

Por que uma greve se faz necessária?

Vemos que os problemas que ocorrem no Vale – como a falta de espaços físicos, segurança, infraestrutura em geral, falta de representatividade paritária, falta de docentes, o problema do cercamento à comunidade, etc. – são sincrônicos a toda UFRGS – temos um curso de teatro no qual não há uma sala de teatro sequer (uma fechada há 3 anos pra uma reforma que nunca acontece, e a outra fechou estes dias), um curso de dança sem sala para tal e sem professores, Casas de Estudante que não aumentam as suas vagas há 20 anos, prédios que existem apenas em projeto (salas de aula do direito e biblioteca do Vale), RUs cada vez mais precários e assistência estudantil deficiente, falta de democracia nas decisões… Sendo a lista muito extensa. Vemos pela experiência dos colegas no IFCH, que em diversos contatos desde 2010 reiterou suas solicitações à reitoria, ao Conselho Universitário, por processo e ação na ouvidoria, que sequer tivemos uma palavra como resposta (apenas risos, uma única vez, do Reitor). A quem mais recorrer? O que fazer senão uma greve? Uma greve pode causar transtorno tanto pra alunos, servidores e professores – que podem estar em aula um pouco das férias – mas com certeza serão bem menores frente aos problemas cotidianos que temos hoje. O estado atual das universidades federais é gravíssimo e a conjuntura de mobilizações indica adentrarmos em um ponto visceral para alcançar nossas justas e essenciais exigências: neste momento não são apenas só nossas da História, do IFCH, do Vale ou da UFRGS, mas coletivas de todo o Brasil.

Por que votar na assembleia do dia 11?

Dia 11/06 (2ª feira às 10h), mesmo dia em que os servidores iniciam a sua greve e os professores pretendem chamar sua assembleia, o CHIST convida todos os estudantes de história para construírem a Assembleia Geral dos Estudantes da UFRGS, onde todo estudante tem voz e voto. É o dia D para os rumos que a UFRGS vai tomar frente este movimento explosivo nacional. Estaremos presentes para aprovar o apoio à greve e a plataforma de demandas de cada curso, construída a partir das pautas levantadas pelos DAs. Essa plataforma será levada para a reitoria em ato conjunto com os servidores da UFRGS. É fundamental o apoio de cada estudante de história.

Não faltam problemas na UFRGS e no IFCH, Motivos sobram para nos mobilizarmos.

TODOS À ASSEMBLEIA GERAL !

(dia 11/06 na frente do prédio do Direito às 10h)

Clique aqui para baixar o panfleto em PDF.

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